Cais do Valongo e Cais da Imperatriz

O cais do Valongo foi construído em 1811 pela Intendência-Geral de Polícia para atender à determinação do vice-rei, o marquês de Lavradio, feita em 1779. O objetivo era retirar da rua Direita, atual Primeiro de Março, o desembarque e o comércio de africanos escravizados, pois não pegava tais atividades ocorrerem no meio da cidade e próximos aos prédios do governo.

O cais, maior porto negreiro das Américas, foi oficialmente desativado como porto de desembarque de escravos em 1831, quando se proibiu o tráfico transatlântico por pressão e interesse econômico da Inglaterra  – uma decisão que ficou conhecida como ‘‘lei para inglês ver’’, já que os navios negreiros continuaram a desembarcar em outras praias do Rio de Janeiro. Enquanto esteve ativo, recebeu cerca de 700 mil escravos.

Em 1843, foi remodelado para receber a princesa das Duas Sicílias, Teresa Cristina Maria de Bourbon, noiva do imperador d. Pedro II, e passou a se chamar cais da Imperatriz.

As obras de reurbanização do Porto Maravilha, em 2012, permitiram o resgate do sítio arqueológico, que se tornou um monumento aberto, atendendo à reivindicação do movimento negro.. O Cais foi nomeado como Patrimônio Mundial pela UNESCO no dia 9 de julho de 2017.

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