Olho vivo! O que você está vendo muita gente sabe mas ninguém quer ver. Se você prestar atenção dá até pra sentir o cheiro da propina que supostamente correu por debaixo dos panos para viabilizar a reforma urbana realizada no projeto Porto Maravilha.
Como parte de uma delação premiada da Lava-Jato, o empresário Ricardo Pernambuco Júnior, da Carioca Engenharia, entregou aos investigadores uma tabela que lista 22 depósitos somando US$ 4.680.297,05 em propinas supostamente pagas ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entre 10 de agosto de 2011 e 19 de setembro de 2014. Ele afirmou que as empresas que faziam obras para o famoso Porto Maravilha, tiveram que pagar R$ 52 milhões ou 1,5% do valor total do investimento da Caixa para expansão imobiliária do Porto (via Certificados de Potencial de Área Construtiva) para Cunha.
As construtoras OAS, Odebrecht e a empresa Eldorado, do grupo JBS, são algumas das companhias que receberam recursos da Caixa para projetos de infraestrutura mediante pagamento de propina, segundo declarações de delatores.
O dinheiro vinha do fundo dos trabalhadores na Caixa Econômica Federal e voltava para os bolsos do deputado do PMDB. Quem ficou com o prejuízo foi a Caixa, ou seja, o povo brasileiro. Desde 19 de outubro de 2016, Eduardo Cunha está preso pela Lava-Jato.
Abra bem o olho! A propina de Cunha é mais um fantasma que anda solto na área portuária do Rio.