‘‘O beija-mão da propina’’

No dia 13 de junho de 2017, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi condenado, em primeira instância, a 14 anos e dois meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Há ainda vários inquéritos em andamento e mais dez denúncias para serem julgadas.

Reportagem da Piauí conta que para diminuir a pena, Cabral prometeu detalhar parte do acordo feito para que o Rio de Janeiro fosse escolhida a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Segundo o ex-governador, em 2009, ele, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-prefeito Eduardo Paes teriam autorizado o empresário Arthur César Soares de Menezes, conhecido como “Rei Arthur”, a pagar propina a membros do Comitê Olímpico Internacional (COI).

O Ministério Público francês já havia descoberto que Arthur Soares pagou 1,5 milhão de dólares ao presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo, Lamine Diack, três dias antes da votação que consagrou a vitória do Rio para sediar os Jogos de 2016, acontecida em 2 de outubro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca. Mais 500 mil dólares teriam sido depositados em contas de Diack depois da escolha.

O Rio derrotou Madri por 66 votos a 32.

“A tendência é Cabral acumular condenações – a menos que consiga convencer os procuradores de que vale a pena fechar um acordo com ele. Para isso, porém, será preciso revisar sua memória. Porque a história secreta da Olimpíada está prestes a ser desvendada”, conclui a reportagem.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *