A Caixa pagou a conta

A Caixa Econômica Federal (CEF) assumiu todos os gastos da parceria público-privada (PPP) do Porto em troca dos terrenos públicos da região e dos Cepacs, que autorizam a construção de andares acima do limite definido pelo zoneamento da cidade. No caso do Porto Maravilha, os Cepacs quase dobraram a área edificável – para cima. E, com isso, duplicaram o dinheiro a ser ganho por metro quadrado.

O banco injetou R$ 3,5 bilhões para dar o pontapé inicial, para irrigar os cinco primeiros anos de construções de equipamentos urbanos (2009 a 2014). A expectativa era que a valorização dos terrenos públicos e os Cepacs bancassem o restante do compromisso total de R$ 8 bilhões assumidos pela Caixa. Mas a conta não fechou. Em valores corrigidos, o compromisso total chegava a R$ 9,9 bilhões em 2016.

O interesse do mercado ficou abaixo do esperado, e, já em 2015, foi preciso mais um novo aporte do FGTS para bancar a PPP, no valor de R$ 1,5 bilhão.

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