Donald Trump também é investigado no Porto

Os negócios do grupo Trump Organization, do presidente dos Estados Unidos Donald Trump, foram alvo de uma investigação iniciada pela Procuradoria da República no Distrito Federal depois de uma Operação da Polícia Federal.

São duas frentes de investigação: uma apura o Fundo de Investimento em Participações (FIP), que realizou investimentos para viabilizar um hotel na Barra da Tijuca. O principal ponto da apuração é saber se houve uma “sobreprecificação” nos valores destinados ao hotel pelos fundos de pensão Serpros, dos servidores do Serviço Federal de Processamento de Dados, vinculado ao Ministério da Fazenda, e do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins (Igreprev), dos servidores estaduais do Tocantins. A Procuradoria investiga se os gestores já sabiam que o hotel não renderia o retorno anunciado e mesmo assim negociaram as cotas com projeções supervalorizadas. O Serpros e o Igeprev investiram, juntos, cerca de R$ 130 milhões no projeto.

A segunda linha de apuração tem por objetivo investigar as parcerias do grupo Trump no Porto Maravilha. Segundo o procurador da República, o The Trump Organization foi beneficiado “de forma suspeita” por um Fundo de Investimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF).

Segundo o procurador, no bojo de ação penal na 10ª Vara Federal de Brasília, aberta em outubro de 2016, há a “demonstração de que, com a complacência da Vice-Presidência de Gestão de Ativos de Terceiros da Caixa Econômica Federal (VITER/CEF), recursos do FGTS foram aplicados indevidamente, em troca de propinas que, entre outros, beneficiaram ilicitamente o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB).

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