Você está na Avenida Presidente Getúlio Vargas, inaugurada e nomeada em 1944 pelo próprio estadista, um ano antes do fim do Estado Novo. Para a construção, inúmeros cortiços, casebres, igrejas históricas como a São Pedro dos Clérigos e a São Domingos foram demolidas. Vargas se inspirou nas vias levantadas pelo partido Nazista na Alemanha, que eram conhecidos por seu rigor em padrões matemáticos, à época.
Em 1930, Getúlio Vargas decretou o golpe de estado que colocou fim à Primeira República Brasileira, conhecida como República Velha ou República do Café com Leite, na qual mineiros e paulistas se revezavam no poder. Era um período de crise econômica de escala mundial, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque em outubro de 1929, o que levou a uma diminuição da exportação de café. No mesmo ano, a oligarquia paulistana deu fim a aliança com a mineira ao indicar o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência. Em oposição o governador de Minas Gerais apoiou a candidatura de Getúlio Vargas.
Em março, depois da vitória de Júlio Prestes, Vargas perpetrou o golpe com apoio dos militares, impediu a sua posse. ‘‘Getúlio Vargas é o novo dono do poder do Brasil. Ele assumiu inteiramente a Presidência da República com a Revolução de 30’’, narra o Jornal do Século, publicação especial do Jornal do Brasil. O jornal, apoiando o golpe, enfatizava que “no Rio, manifestações populares deram apoio aos revolucionários’’: ‘‘Vargas foi recebido com aplausos nas Ruas do Rio, e seus homens amarraram os cavalos no obelisco da Avenida Central (atual Avenida Rio Branco)’’.
No dia 10 de novembro de 1937, Vargas determinou o fechamento do Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa e anunciou a nova Constituição de 1937, substituindo a de 1934, que determinava eleições diretas para 1938. De inspiração fascista, a nova Constituição suspendia todos os direitos políticos, abolindo os partidos e as organizações civis, e dava controle total do Poder Executivo ao presidente.
Após a Constituição de 1937, Vargas permaneceu no poder até 1945.