Morte de Machado de Assis

Correio da Manhã, 30 de setembro de 1908: “Morreu Machado de Assis. Perde a nossa língua um de seus mais vigorosos e profundos escritores. Com ele desaparece a mais leve e a mais encantadora das nossas prosas, a mais completa e a mais perfeita das organizações literárias que possuímos. Poeta, romancista, dramaturgo e jornalista, era Machado de Assis o tipo culminante e o mais simpático do nosso mundo de letras. Sua perda é irreparável. Num país como o nosso, já tão pobre de espíritos brilhantes como o seu, esse desaparecimento é mais importante do que parece’’.

Considerado o maior nome da literatura brasileira, Machado de Assis nasceu em 1839, no morro do Livramento, no Rio de Janeiro. Filho de Francisco José Machado de Assis e de Leopoldina Machado de Assis, neto de escravos alforriados, o escritor teve uma infância pobre, trabalhou como aprendiz de tipógrafo, foi revisor e funcionário público.

Machado escreveu mais de 20 romances e peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas. Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899) são considerados pela crítica os romances que inovaram a literatura brasileira, introduzindo o realismo no Brasil.

Em 1897, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, instituição conhecida também como Casa de Machado de Assis, e seu primeiro presidente.

Machado de Assis morreu aos 69 anos. A morte de sua esposa, quatro anos antes, é considerada a causa do isolamento do escritor e da piora de sua saúde, até a morte, em 29 de setembro de 1908.

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