Os cortiços na área central

O Ministério das Cidades foi acionado em 2015 para liberar o uso do FGTS para um aporte adicional de R$ 1,5 bilhão, além dos R$ 8 bilhões já gastos na revitalização do Porto.

Por meio de decreto, o ministério vinculou o novo dinheiro à produção de um Plano de Habitação de Interesse Social (PHIS) de forma participativa. O plano tinha como meta criar 10 mil imóveis residenciais para famílias de baixa renda na região. Porém, como grande parte da terra pública já estava destinada a empreendimentos imobiliários, não pôde mais ser utilizada para habitação popular. Por isso, o plano habitacional teve de migrar para os bairros do entorno do Porto Maravilha.

O problema é que o plano ignora a presença de cerca de mil pessoas que vivem nos cortiços da área, conforme uma pesquisa do Observatório das Metrópoles e da Central de Movimentos Populares. O porto do Rio é a área da cidade com maior concentração de cortiços. E não há nenhuma ação prevista para ela.

Em 2016, havia 710 quartos espalhados em 54 cortiços. Pouco mais da metade deles tinham entre 9 e 12 metros quadrados. Treze eram ainda menores, com os quartos variando entre 4 e 8 metros quadrados.

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